Confira as leituras bíblicas, o Evangelho, o Salmo e o Santo do dia para abastecer sua alma com fé.
O rei de Israel, o Senhor, está no meio de ti.
Leitura da Profecia de Sofonias 3,14-18
Lc 1,45
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. És feliz porque creste, Maria,
Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha visitar-me?
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-56
Visitação de Nossa Senhora
A festa da Visitação de Nossa Senhora foi instituída pelo Papa Urbano VI, em 1389, com o intuito de pôr fim ao Grande Cisma, por intercessão de Maria. Esta festa teve início em Bizâncio, no dia 2 de julho, com a leitura do Evangelho da visita de Maria a Isabel, por ocasião da “Deposição da santa Túnica da Theotokos na Blachernes (basílica)“. Os franciscanos adotaram esta festa mariana, mas a transformaram em Visitação de Maria, em 1263. Após a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta festa passou a ser celebrada em 31 de maio, no fim do mês dedicado a Maria.
Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas para as montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou em seu seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. E Maria disse: “Minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador”. (Lc 1, 39-42; 46-47).
Por uma espécie de impulso interior, a Virgem Maria foi às pressas visitar sua prima Isabel. Poderiam ser muitos os motivos que levaram a Virgem Maria a fazer esta viagem: o desejo de ajudar sua prima Isabel, sabendo que esperava um filho, apesar da sua velhice; ou o desejo de comunicar-lhe o que havia acontecido com ela, uma vez que, entre as mulheres “visitadas” pelo anjo era mais fácil se entender. Com a sua ida “às pressas”, Maria revela-se uma mulher missionária (levar e partilhar a alegria do anúncio) e uma mulher caridosa (colocar-se a serviço da sua prima já idosa). Mas nada impede de pensar de que ela também tinha o “santo desejo” de ir ver o que o Anjo lhe havia anunciado: “Eis que Isabel, tua parenta, também concebeu um filho na sua velhice; aquela que era chamada estéril, já está no sexto mês, porque a Deus nada é impossível”. (Lc 1,36-37). No fundo, também os pastores foram às pressas para ver “o sinal” que os anjos lhes haviam anunciado na noite de Natal: “Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em panos, deitado numa manjedoura” (Lc 2,12). Isto confirma que Maria jamais subestimava os “sinais” de Deus.
A passagem evangélica une os dois “anúncios”: a Isabel e a Maria, duas mulheres e duas promessas. Logo que ouviu a saudação de Maria, a criança “estremeceu” no seio de Isabel. O Messias Jesus, ainda nascituro no ventre de mãe Maria, encontra o precursor, o profeta também nascituro no seio de mãe Isabel; ao reconhecê-lo, exultou de alegria, como aconteceu com Davi, que dançou diante da arca pela presença do Senhor (cf. 2Sm 6,12-16).
O Magnificat, hino de louvor, que narra a reviravolta da lógica humana, onde os últimos serão os primeiros, não fica letra morta, mas se torna vida no serviço.
Fonte: Vatican News
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