Confira as leituras bíblicas, o Evangelho, o Salmo e o Santo do dia para abastecer sua alma com fé.
Com a força que lhe deu aquele alimento, caminhou até ao monte de Deus.
Leitura do Primeiro Livro dos Reis 19,4-8
Salmo responsorial Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)
R. Provai e vede quão suave é o Senhor!
Vivei no amor, a exemplo de Cristo.
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 4,30-5,2
Aclamação ao Evangelho Jo 6,51
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu sou o pão vivo, descido do céu;
quem deste pão come, sempre há de viver.
Eu sou o pão vivo, descido do céu,
Amém, Aleluia, Aleluia!
Eu sou o pão que desceu do céu.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,41-51
Santa Clara, virgem
Domingo de Ramos de 1211. O silêncio da noite, nos campos de Assis, foi quebrado pelos passos rápidos de Clara, dezoito anos. Sabia estar indo contra a sua amada e rica família, mas Deus inspirou nela o desejo de uma verdadeira liberdade: ser pobre. Aquela fuga de toda segurança foi o epílogo de percurso iniciado sete anos antes, quando presenciou a um fato chocante: um jovem rico se despoja das suas roupas, as devolve ao pai e abraça a Senhora Pobreza. É Francisco! Naquela noite, ele estava na Porciúncula aguardando Clara: corta os seus cabelos, entrega-lhe um saio de lã grosseira e lhe encontra abrigo no mosteiro Beneditino de São Paulo, em Bastia Umbra. Seu pai tentou, em vão, convencê-la a voltar para casa.
O gesto de Clara atrai outras mulheres, entre as quais sua mãe e as irmãs: logo se tornaram cerca de cinquenta. Francisco as chamou “Pobres damas” ou “Pobres reclusas” e colocou-lhes à disposição o pequeno mosteiro de São Damião, que acabara de restaurar e onde recebera o convite “Vai e repara a minha casa”. Entre o Pobrezinho e Clara há plena comunhão: ela se define a “sua plantinha” e acompanha a missão dos Frades no mundo, mediante a sua oração incessante, junto com suas coirmãs.
A primeira mulher a escrever uma Regra era forte e determinada; ela obteve a aprovação, por parte de Gregório IX, – sigilada, depois, com a Bula de Inocêncio IV, em 1253, – do “privilégio da pobreza” e do ardente desejo de “observar o Evangelho”.
A doença assinala seus últimos 30 anos, mas jamais viola seu alegre contrato com o Senhor na oração: “Nada é tão grande – escreve – quanto ao coração do homem, no íntimo do qual Deus reside”. A incansável adoradora da Eucaristia, com a píxide nas mãos, afugentou dos sarracenos de Assis.
Em uma noite de Natal, recolhida em oração, assiste, na parede da sua cela, os ritos que, naquele momento, se realizavam na Porciúncula, coração pulsante da comunidade dos Frades. Por este motivo, foi declarada, por Pio XII, padroeira da Televisão.
Santa Clara faleceu no dia 11 de agosto de 1253 no chão nu do Mosteiro de São Damião. Seus lábios sussurram a última oração de ação de graças: “Senhor, vós que me criastes, sede bendito”.
Uma incontável multidão, jamais vista, participou do seu enterro. Dois anos depois, foi proclamada Santa por Alexandre IV.
Fonte: Vatican News
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